O produto surgido no doutorado na Usp, que pode ser utilizado em implantes ósseos e odontológicos, foi desenvolvido com técnica do século 18. Em sua composição há cinzas de ossos bovinos, caulim e feldspato.
Está em fase de testes finais um novo composto que poderá substituir o material convencional utilizado em implantes ósseos e odontológicos. A novidade foi desenvolvida pelo físico Ricardo Miyahara, durante tese de doutorado para a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Segundo matéria publicada na edição de agosto da “Revista Ciência Hoje” e assinada por Fabíola Bezerra, “a nova porcelana, desenvolvida com matérias-primas totalmente brasileiras, é mais branca, leve e resistente que a regular, além de apresentar maior grau de compatibilidade biológica”.
O material criado por Miyahara, de acordo com a matéria, é composto de 50% de cinzas de ossos bovinos, 20% de caulim (minério branco usado em cerâmica para fins plásticos) e 30% de feldspato. O uso de cinzas de ossos e caulim acrescidos de cornish stone (minério da família do feldspato detentor de propriedades adesivas) é uma técnica utilizada na Inglaterra desde o século 18. O pesquisador brasileiro utiliza este processo durante a produção da porcelana, no entanto, o que difere é a maneira de produção. “Substituindo o cornish stone pelo feldspato nacional, o pesquisador chegou a uma nova proporção que se funde à temperatura de 1.270°C, em comparação com os 1.400°C necessários para a queima da porcelana comum”, revela a publicação.
Segundo diz Miyahara, na matéria da “Revista Ciência Hoje”, “essa redução da temperatura de queima representa um menor gasto na produção do material, uma vez que o processo de queima pode chegar a 40% do custo do produto. A porcelana adquire maior valor agregado por ser um produto de excelente qualidade, chegando a ser quase duas vezes mais resistente que a comum e mais branca que a porcelana de ossos inglesa”.
Uma outra vantagem do produto é a biocompatibilidade. De acordo com o texto, as cinzas de ossos possuem hidroxiapatita, minério que é encontrado na natureza, sendo então, biocompatível. “Esse potencial para bioimplantes solucionaria a rejeição a materiais como a platina, atualmente aplicada na fixação de dentes e em implantes ortopédicos”, revela.
A matéria também informa que, atualmente, Inglaterra, China e Estados Unidos são os grandes exportadores de porcelana. Portanto, se a produção do material desenvolvido pelo pesquisador brasileiro mostrar-se viável em escala industrial, ela representará uma possibilidade do país tornar-se também exportador de porcelana.
Está em fase de testes finais um novo composto que poderá substituir o material convencional utilizado em implantes ósseos e odontológicos. A novidade foi desenvolvida pelo físico Ricardo Miyahara, durante tese de doutorado para a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Segundo matéria publicada na edição de agosto da “Revista Ciência Hoje” e assinada por Fabíola Bezerra, “a nova porcelana, desenvolvida com matérias-primas totalmente brasileiras, é mais branca, leve e resistente que a regular, além de apresentar maior grau de compatibilidade biológica”.
O material criado por Miyahara, de acordo com a matéria, é composto de 50% de cinzas de ossos bovinos, 20% de caulim (minério branco usado em cerâmica para fins plásticos) e 30% de feldspato. O uso de cinzas de ossos e caulim acrescidos de cornish stone (minério da família do feldspato detentor de propriedades adesivas) é uma técnica utilizada na Inglaterra desde o século 18. O pesquisador brasileiro utiliza este processo durante a produção da porcelana, no entanto, o que difere é a maneira de produção. “Substituindo o cornish stone pelo feldspato nacional, o pesquisador chegou a uma nova proporção que se funde à temperatura de 1.270°C, em comparação com os 1.400°C necessários para a queima da porcelana comum”, revela a publicação.
Segundo diz Miyahara, na matéria da “Revista Ciência Hoje”, “essa redução da temperatura de queima representa um menor gasto na produção do material, uma vez que o processo de queima pode chegar a 40% do custo do produto. A porcelana adquire maior valor agregado por ser um produto de excelente qualidade, chegando a ser quase duas vezes mais resistente que a comum e mais branca que a porcelana de ossos inglesa”.
Uma outra vantagem do produto é a biocompatibilidade. De acordo com o texto, as cinzas de ossos possuem hidroxiapatita, minério que é encontrado na natureza, sendo então, biocompatível. “Esse potencial para bioimplantes solucionaria a rejeição a materiais como a platina, atualmente aplicada na fixação de dentes e em implantes ortopédicos”, revela.
A matéria também informa que, atualmente, Inglaterra, China e Estados Unidos são os grandes exportadores de porcelana. Portanto, se a produção do material desenvolvido pelo pesquisador brasileiro mostrar-se viável em escala industrial, ela representará uma possibilidade do país tornar-se também exportador de porcelana.