terça-feira, 30 de junho de 2009

Porcelana é mais resistente e compatível.


O produto surgido no doutorado na Usp, que pode ser utilizado em implantes ósseos e odontológicos, foi desenvolvido com técnica do século 18. Em sua composição há cinzas de ossos bovinos, caulim e feldspato.
Está em fase de testes finais um novo composto que poderá substituir o material convencional utilizado em implantes ósseos e odontológicos. A novidade foi desenvolvida pelo físico Ricardo Miyahara, durante tese de doutorado para a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Segundo matéria publicada na edição de agosto da “Revista Ciência Hoje” e assinada por Fabíola Bezerra, “a nova porcelana, desenvolvida com matérias-primas totalmente brasileiras, é mais branca, leve e resistente que a regular, além de apresentar maior grau de compatibilidade biológica”.
O material criado por Miyahara, de acordo com a matéria, é composto de 50% de cinzas de ossos bovinos, 20% de caulim (minério branco usado em cerâmica para fins plásticos) e 30% de feldspato. O uso de cinzas de ossos e caulim acrescidos de cornish stone (minério da família do feldspato detentor de propriedades adesivas) é uma técnica utilizada na Inglaterra desde o século 18. O pesquisador brasileiro utiliza este processo durante a produção da porcelana, no entanto, o que difere é a maneira de produção. “Substituindo o cornish stone pelo feldspato nacional, o pesquisador chegou a uma nova proporção que se funde à temperatura de 1.270°C, em comparação com os 1.400°C necessários para a queima da porcelana comum”, revela a publicação.
Segundo diz Miyahara, na matéria da “Revista Ciência Hoje”, “essa redução da temperatura de queima representa um menor gasto na produção do material, uma vez que o processo de queima pode chegar a 40% do custo do produto. A porcelana adquire maior valor agregado por ser um produto de excelente qualidade, chegando a ser quase duas vezes mais resistente que a comum e mais branca que a porcelana de ossos inglesa”.
Uma outra vantagem do produto é a biocompatibilidade. De acordo com o texto, as cinzas de ossos possuem hidroxiapatita, minério que é encontrado na natureza, sendo então, biocompatível. “Esse potencial para bioimplantes solucionaria a rejeição a materiais como a platina, atualmente aplicada na fixação de dentes e em implantes ortopédicos”, revela.
A matéria também informa que, atualmente, Inglaterra, China e Estados Unidos são os grandes exportadores de porcelana. Portanto, se a produção do material desenvolvido pelo pesquisador brasileiro mostrar-se viável em escala industrial, ela representará uma possibilidade do país tornar-se também exportador de porcelana.

sábado, 20 de junho de 2009

Evidenciadores de biofilme em PT, avaliação clínica e antimicrobiana.


Vários estudos relativos a avaliação da saúde bucal de portadores de prótese dentária concluem que o cuidado e a higiene desses aparelhos é precária. Várias são as causas encontradas para esse descuido, dentre eles a falta de orientação do paciente, a diminuição da habilidade motora, relacionada na maioria das vezes devido aos portadores de prótese dentária serem de idades mais avançadas, além da falta de materiais específicos no mercado para colaborar com a diminuição desses problemas. Este artigo relata a avaliação da capacidade em corar, a facilidade de remoção e ação antimicrobiana de agentes evidenciadores de biofilme em Prótese Total.


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cientistas desenvolvem dentes com células-tronco


Dois trabalhos publicados na edição de julho da Journal of Dental Research mostram que é possível fazer crescer dentes usando células-tronco embrionárias e adultas em ratos. Os resultados sinalizam que um dia será possível fazer crescer novos dentes humanos a partir de suas próprias células adultas.
Foram usadas células-tronco adultas de dentes imaturos de ratos colocadas dentro de um polímero biodegradável. O conjunto foi então implantado na cavidade abdominal de outros ratos da mesma espécie. Em um período de três a seis meses foi possível ver dentes se formando.
O estudo com as células adultas teve a participação de dois brasileiros da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Silvio Duailibi e Mônica Duailibi. A dupla fez o trabalho nos Estados Unidos juntamente com pesquisadores do Instituto Forsyth, de Boston, e do Hospital Geral de Massachusetts, que também assinam o artigo na revista.
HumanosA pesquisa teve como base um estudo publicado pelo Forsyth em 2002, que havia tido resultado semelhante em porcos. Os bons resultados com os dois mamíferos reforçam a perspectiva de sucesso com dentes humanos.
"Estamos convencidos disso, pois os sistemas em mamíferos tendem a funcionar de formas similares", disse pesquisadora americana Pamela Yelick, durante uma conferência por telefone realizada pela quinta-feira na Unifesp.
Em dez anosSe tudo der certo - o que inclui um ainda inexistente financiamento de R$ 3 milhões para levar a pesquisa até o fim ano -, o tratamento poderá estar disponível daqui a dez anos. O próximo passo científico - fazer o dente crescer na mandíbula de ratos - está em fase final. "Devemos divulgar o resultado ainda este ano", diz Silvio.
As pesquisas com células-tronco adultas de humanos também já começaram. "Estamos estudando-as para ver como elas funcionam", afirma Mônica.
Melhor que implanteO uso dessas células tem várias vantagens sobre o tratamento de implante de um dente artificial utilizado hoje. "Por melhor que ele seja, não será melhor que um dente biologicamente idêntico ao original", explica a cientista.
A pesquisa com células-tronco embrionárias foi feita por Paul Sharpe, do King´s College, na Inglaterra.
Estadão Online

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Desinfecção e Esterilização de Materiais de Moldagens

Com a propagação da AIDS, pesquisadores e clínicos têm se preocupado mais com desinfecção e esterilização, tanto de instrumentais quanto de materiais. Em função disto, há necessidade de se prevenir a contaminação cruzada, tanto em consultórios como em laboratórios. A mesma importância deve ser dada para a prevenção de outras doenças como a Tuberculose quanto a Hepatite B (HBV), sendo a última mais transmissível, especialmente por estar presente na saliva e em alta concentração no sangue. De acordo com as considerações da A.D.A (1992), a distinção entre esterilização e desinfecção é a seguinte:
- Esterilização é um processo em que toda as formas de microorganismos, incluindo vírus, bactérias, fungos e esporos, são completamente destruídos. É utilizada para garantir o uso seguro de instrumentais em procedimentos invasivos.
- Desinfecção é um processo menos letal que a esterilização, eliminando praticamente todos os microorganismos patogênicos reconhecidos, mas não necessariamente todas as formas microbianas (esporos), sendo indicada para submeter artigos e superfícies, quando estes forem de uso em múltiplos pacientes.

Todo instrumental utilizado em pacientes deve ser submetido à descontaminação (desinfecção ou esterilização), lavagem com desencrostante, enxágüe e esterilização ou desinfecção posterior.


O procedimento indicado para desinfecção de instrumentais é a imersão por 30 minutos em:
- Solução de Hipoclorito de Sódio a 1% ou

- Solução Álcool Etílico a 70% ou- Solução de Glutaraldeído a 2% ou

- Água em ebulição por 15 min, depois lavar, remover resíduos, secar e esterilizar.


Já a esterilização pode ser feita através de:
- Estufa

- Autoclave

- Agentes Químicos